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AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE TERMELÉTRICA DE CAMPINA GRANDE - PB

A audiência pública sobre a implantação da Unidade Termelétrica Campina Grande será quarta-feira, dia 25 de maio. Na ocasião, será apresentado à população o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (ElA/Rima) referente ao projeto de implantação da usina. Será realizada, às 9h, no Teatro Rosil Cavalcanti (Antigo Cinema 1, no Parque do Povo), localizado na Rua Paulino Raposo, s/n, Centro, Campina Grande (PB).

Alguns questionamentos sobre a implantação da Termelétrica de Campina Grande

Graças a Deus, e a Constituição Federal de 1988, hoje todos os empreendimentos tem que realizar o EIA/RIMA, só assim nós, cidadãos, podemos questionar tais empreendimentos. Não sou contra o desenvolvimento, muito menos utilizo de conversa fiada para tal. Apenas questiono o que leio sobre a questão ambiental que vivencio há  trinta anos. Também não aceito o argumento de tentar desqualificar o discurso ambientalista, dizendo-se que é contra o progresso, isto já não encontra mais eco, vejamos tantos problemas: mudanças climáticas, enchentes, furacões, poluição em todos os sentidos etc, tudo isto embasado de forma científica

Lanço alguns questionamentos abaixo, que quem puder respondê-los, agradeço:

A) Por que optar por um combustível, altamente, poluente como é o OCB1 (pior do que o diesel!), e não pelo uso do gás natural, que passa na porta da termoelétrica, já que a PBGás, instalada na Paraíba há mais de 11 anos, já investiu até 2006 o montante de R$ 63 milhões (nossos impostos!) ? (Fonte 1).

B) Por que temos que investir nestes combustíveis altamente poluentes, se temos alternativas como a energia solar? Em Portugal, desde abril de 2008 (nos países nórdicos este sistema já funciona a mais de 30 anos), um proprietário particular pode produzir e vender energia elétrica à rede elétrica nacional, desde que produzida a partir de fontes renováveis. Um sistema de microprodução ocupa cerca de 30 metros quadrados e permite ao proprietário particular receber perto de 4 mil euros por ano. Por que não faz no Brasil ? Por que não se faz na Paraíba ? Por que não faz em Campina Grande ? Até o próprio governo do Brasil divulga o avanço Alemão no seu site. (Fontes 2, 3 e 4)

C) Por que aceitar precários 30 empregos por turno de uma termelétrica que opera com combustível OCB1 altamente poluente, que atingirá não apenas as comunidades de Catolé do Zé Ferreira, Ligeiro e as vias de acesso do empreendimento, mas atingirá toda Campina Grande ? A usina termoelétrica de Candiota, em Bagé, no Rio Grande do Sul, provoca a formação de chuvas ácidas no Uruguai. Veja o que está acontecendo com Salvador, onde os órgãos de meio ambiente não cumprem lei anti-poluição? Será que não pode acontecer em Campina Grande, onde constantemente não há teto para os aviões pousarem no Aeroporto João Suassuna ? (Fonte 5 e 6)

D) Não sei até quando poderemos, nós pobres cidadãos brasileiros, confrontar as grandes corporações, como a Finlandesa Wärtsilä, que registra vendas 1,46 bilhão de euros, apenas no quarto trimestre de 2010, movimentando um fluxo de caixa de 171 milhões de euros ? As vendas líquidas da Wärtsilä chegam 1,08 bilhão de euros no primeiro trimestre de 2011 (apenas três meses) ! (Está em EUROS! A cotação de 1 euro = R$2,2949). Não quero pensar que aceitamos a poluição só por que nós somos terceiro mundo ! (Fontes 7 e 8)

E) Por que conhecer o problema ambiental? Para poder defender o desenvolvimento sustentável pensando nas gerações presentes e futuras, nossos filhos, netos! Conheçam um texto sobre a poluição do ar elaborada pelo Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, talvez seja por isto que o SUL tem resistências para as usinas termelétricas movidas combustíveis derivados de petróleo, como o diesel ou o OCB1! (Fonte 9 e 10)

São questões que acho que os cidadãos de Campina Grande necessitam fazer e pedir, no mínimo, respostas, objetivas, consistentes e principalmente convincentes. Embora eu reconheça a fragilidade do Estado da Paraíba em cidadania, refletida na terceira pior subescolaridade do país, analfabetismo:25,3% (2004); analfabetismo funcional: 40,5% (2004). O que fazer para mudar o nível de consciência com este quadro ?  (Fonte: 11 e 12)

Fontes consultadas



Fonte 3. http://www.ambientebrasil.com.br/, acesso em 23/05/2011.









Fonte 12. http://www.portalbrasil.net/estados_pb.htm, acesso em 23/05/2011.


-- 
Ramiro Manoel Pinto Gomes Pereira
Administrador (UFPB) CRA 1464/PB
Doutorando em Recursos Naturais (UFCG)
Mestre em Engenharia de Produção (UFPB)
Especialista em Inovação e Difusão de Tecnologia (UFPB)
Analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa
Professor do CESED / FACISA


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